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Painelistas apontam para “promissor futuro do RS”, em debate na ExpoCamaquã

Debate na noite desta terça-feira, no Sindicato Rural, extraiu as visões de cinco participantes de diferentes áreas


Com a participação de cinco integrantes e mediado pelo diretor do Sindicato Rural Donário Lopes de Almeida, o painel “Inovação na Diversificação-Rotação de Culturas e Irrigação sustentável” foi além dos seus propósitos. Experientes em suas áreas, os painelistas deixaram inquietantes reflexões àqueles que foram ao SRC ou assistiram em tempo real em sinal digital pela televisão aberta e pelos demais canais de internet que transmitiram o encontro.


“Nós temos uma produção de 20 milhões de toneladas, que podem virar 40 mi de t, desde que saibamos aproveitar nossas áreas com racionalidade e aplicando inovações que nos permitam avançar”, disse o superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli, na sua manifestação inicial.


Ao falar sobre vantagens e obstáculos da produção gaúcha, Condorelli, que coordena o programa Duas Safras, diz que o principal os produtores gaúchos têm: expertise – tanto que as fronteiras agrícolas do Centro-Oeste do País foram abertas por homens e mulheres nascidos no Rio Grande do Sul -, e mais importante ainda: compradores para aquilo que colhermos.


O debate teve a participação do Estado, com o secretário-adjunto da pasta do Meio Ambiente. Marcelo Camardelli apresentou os atuais pilares do trabalho da Secretaria, formado pelas gestões do saneamento, inovação, comunicação e clima.




Camardelli também falou da aplicação de decretos estaduais e das resoluções do Consema (Conselho Estadual do Meio Ambiente), que tratam sobre outorgas para o uso d’água, processos de licenciamentos e critérios para classificação de barragens e açudes.


Já o deputado estadual Marcus Vinicius de Almeida (PP), que preside a Comissão Parlamentar de Inovação da Assembleia Legislativa do Estado, ao fazer um breve histórico da agropecuária gaúcha pregou a necessidade da aplicação da tecnologia como forma de a produção gaúcha fazer a sua parte no atendimento da demanda mundial por alimentos.


“Precisamos ser mais efetivos com o que temos. Possuímos uma das menores áreas destinadas à agricultura do mundo e a verdade é que não existem condições políticas nem ambientais para aumentar essa área, portanto precisamos de mais produtividade”, provocou o deputado, que vê na conectividade mais abrangente uma das portas para melhorar a eficiência do campo.


Marcos informou que na AL está em discussão um projeto que visa diminuir as dificuldades econômicas e burocráticas para que as grandes empresas do setor possam investir mais na internet das áreas rurais.


O consultor estratégico e conselheiro independente Werner Santos apresentou o Projeto Sulco Camalhão, o qual ajudou a criar. A ação, que reúne profissionais técnicos, instituições de pesquisa, empresas e produtores, tem por objetivo disseminar a técnica entre as propriedades de terras baixas para melhorar a irrigação e a drenagem das culturas.


Santos falou das etapas do processo, que passam pela suavização e correção de solo, construção dos camalhões, semeadura, irrigação e colheita.



Já o paulista Ricardo Nicodemos, que preside a Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro (Abmra) trouxe números relacionadas à uma pesquisa de opinião da população brasileira sobre o agronegócio. A partir desses dados, entre os quais está o da percepção positiva da maioria do público urbano em relação ao agronegócio, Nicodemos apontou a necessidade do setor conseguir melhorar a sua imagem perante a sociedade brasileira.


Agro mais popular

O especialista também apresentou as bases do projeto “Marca Agro do Brasil”, que pretende tornar o agro uma paixão nacional assim como o é o carnaval e o futebol. O trabalho de conscientização, que deverá começar pelos alunos das séries iniciais das escolas, quer reforçar a contribuição dos produtores rurais na construção do Brasil nos últimos 50 anos.


A pesquisa, explicou Nicodemos, um relatório de 120 páginas com informações inéditas, mostra que de cada 10 brasileiros 7 enxergam o agro de forma positiva. “Temos que trazer esses outros três cidadãos que não são simpáticos ao setor para o nosso lado; e pelo que fizemos até aqui e vamos fazer muito mais, tenho certeza que vamos conseguir”, afirmou.


Alex Soares/Imprensa ExpoCamaquã

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